Hoje estava contando uma história para o João Pedro. Inventei uma bruxa Teteia. As rimas do início do texto a seguir fizemos juntos. O guri é bom nisso!!! Ele acha muito engraçado rimar.
Vai lá:
A bruxa Teteia
A bruxa Teteia
Come jiló com geleia
É filha da Doroteia
Tem alergia a azaleia!
Ela mora lá na montanha.
Todo dia se assanha
Quando vê a criançada chegar
Para na escola brincar!
Não ir para escola não é justo!
Nem sou tão feia- ninguém vai levar susto!
Todo dia ela protesta!
Ela quer é fazer festa!
Com sua capa de invisibilidade
Da escola se aproxima!
Fica sabendo da grande novidade:
Vai ter festa a fantasia!
Teteia vibra de emoção:
Põe para funcionar a imaginação!
Vem a grande idéia
Da bruxa Teteia:
Se a festa a fantasia vai ser...
Se até Batman e Homem Aranha vai ter...
A bruxa pode aparecer!!!!
Teteia voa até a Lua, dança e comemora!
Arruma-se toda e não nota a demora
A festa ... Tá na hora!!!
Estou toda atrasada!
Como vou sair dessa enrascada?
Teteia monta na vassoura Balala
Entra voando na sala!
A professora dá um grito!
Os amigos curtem o agito!
- Quero carona! – Pede João.
Teteia logo mostra seu grande coração!
A nova colega é radical!
Todos a acham muito legal!
Se ela é bruxa, o que é que tem?
Ela é amiga, ela é do bem!
Teteia agora vai à escola todo o dia
Tem amigos, tem companhia
Só uma coisa ela não esperava:
Que teria tanto tema de casa!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O capítulo das maçãs
Juntei a proposta da Oficina (terminar com a frase do Camões: "Para tão longo amor, tão curta vida.” ) com a história que meu aluno Elemar, de TL II, contou em aula - algo parecido realmente ocorreu. Deu no seguinte:
O capítulo das maçãs
Era no tempo em que frutas davam em árvores do seu próprio quintal, ou – muito melhor – do quintal do vizinho. Em São José do Cedro, fruta que dava era caqui, laranja, goiaba. E bergamota – coisa de se comer na hora em que se tira do pé, sob o sol tímido de julho no Sul. Bom pra cortar a gripe, diziam as avós.
O tempo assim se ia, no devagar-depressa da troca das safras. Bom mesmo era achar um pé temporão de qualquer coisa. Sabor de saudade.
Para os meninos, tinha escola. Pouca, que o serviço na roça era muito. Vencia-se a cartilha ou talvez um pouco mais, mas só para aqueles que tinham tutano. Era caso do Lúcio. O piá tinha mania de perguntador, de engasgar os tios e corar as tias. Aprendera a juntar as letras na folhinha da venda do Seu Beckenkamp e no Almanaque Sadol.
Na escola, essa tal de cartilha encucou o menino. Havia umas coisas que ele não entendia. Dizia que o Ivo viu a uva. Seu tio era o Ivo, e na casa dele não havia uva. Onde vira então? Na primeira oportunidade, não se sofreu:
- Tio, o senhor já viu uva?
- Olha, aqui no Cedro não. Que história é essa?
- O livro da escola diz que “Ivo viu a uva”. É mentira, né?
O tio engasgou. Ele não tivera escola, mas se está no livro é certo. É outro Ivo. Com certeza é de outro Ivo que estão falando. Quem haveria de conhecê-lo? Ele, um colono.
Lúcio deixou por isso mesmo. A desconfiança no livro aumentava. Havia também uma tal de maçã. A professora ordenou à classe um desenho. Era lição de casa. Ele nunca vira maçã. Escutara na missa que era fruta de Adão e Eva. Imaginou-a vermelha. Uma bergamota vermelha foi o que desenhou. A professora reclamou que aquela maçã estava muito esquisita. Falta de capricho! Sem recreio por uma semana.
O menino cismou com aquela tal de maçã. Precisava ver uma. Pegá-la, cheirá-la, mordê-la. Escreveu seu desejo em uma plaquinha de madeira. Depositou-a ao pé do cedro. Não custava: se o povo dizia que dava certo...
O castigo passou, o ano findou, o tempo de escola esgotava-se. Não esquecia do pedido. A plaquinha ao pé da árvore já fora soterrada por outras tantas. “O povo é pouco; os desejos são muitos.” – pensava ele. Como poderiam querer tantas coisas? Ele só queria a maçã.
Em um domingo de veranico de maio, Lúcio foi às escondidas tomar banho de rio. A correnteza estava forte demais. Não teve coragem de entrar. Sentou-se em uma pedra. Se tivesse a força daquele rio para ir-se embora dali... Não queria mais ficar à margem de seu desejo. Procurava uma motivação forte. Precisava de algo que o inundasse de coragem. Foi quando se deu a coisa mais curiosa jamais vista: um saco vermelho boiando. E mais outro. E outro. E vários.
Lúcio jogou-se na correnteza. Pegou um dos sacos. Nadava com um braço só. Engoliu muita água. Debateu-se. Perdeu o pacote. Recuperou-o. Voltou à margem vitorioso e exausto.
Examinou o pacote. Era feito de linha, como saco de batatas. Linha vermelha. Dentro, concluiu que eram frutas. Vermelhas, lustrosas. Seriam maçãs? Puxou o fio vermelho que fechava o saco. Pegou um dos frutos. Só poderiam ser maçãs. Seria possível, meu Deus? Sentou-se no saco e contemplou a fruta. Maçã, finalmente. O cheiro doce. Era vermelha, com uns pontinhos esbranquiçados. Aqui e ali uma listra mais alaranjada. A cor mais linda que ele já vira. Cheirava e cheirava. Seria assim o cheiro da paixão? Queria mordê-la, mas sofreava o instinto. Precisava vê-la, ter certeza da posse. A casca lisa contrastava com a solidez. Não sabia se seus dentes seriam capazes. Parecia muito dura. Criou coragem. Mordeu-a. A resistência. O gosto meio doce, meio ácido. Tudo tão indefinido quanto sua própria vida. Deu mais uma mordida. Um suco doce acompanhou o pedaço da fruta dura. Se quisesse o doce, precisaria vencer a resistência. A cada mordida, o doce superava o ácido. Assim seria o doce do beijo? Assim seria amar? Doce e ácido? Finalmente, Lúcio tinha a sua maçã. A fruta que expulsa do paraíso. A maçã era seu amor.
Quando chegava à semente, seu pai aproximava-se a cavalo. De cima do animal, já gritou que eram pobres, mas dignos. O menino haveria de devolver o saco ao motorista do caminhão que tombou lá em cima, na curva do rio. Era um lageano, mas boa gente. O pobre homem estava desesperado pela perda da carga.
Lúcio não reagiu. O pai levou o saco. O sonho. Ele ficou ali, olhando para a semente. Foi o que lhe restou de tão grande paixão. “Para tão longo amor, tão curta vida.”
O capítulo das maçãs
Era no tempo em que frutas davam em árvores do seu próprio quintal, ou – muito melhor – do quintal do vizinho. Em São José do Cedro, fruta que dava era caqui, laranja, goiaba. E bergamota – coisa de se comer na hora em que se tira do pé, sob o sol tímido de julho no Sul. Bom pra cortar a gripe, diziam as avós.
O tempo assim se ia, no devagar-depressa da troca das safras. Bom mesmo era achar um pé temporão de qualquer coisa. Sabor de saudade.
Para os meninos, tinha escola. Pouca, que o serviço na roça era muito. Vencia-se a cartilha ou talvez um pouco mais, mas só para aqueles que tinham tutano. Era caso do Lúcio. O piá tinha mania de perguntador, de engasgar os tios e corar as tias. Aprendera a juntar as letras na folhinha da venda do Seu Beckenkamp e no Almanaque Sadol.
Na escola, essa tal de cartilha encucou o menino. Havia umas coisas que ele não entendia. Dizia que o Ivo viu a uva. Seu tio era o Ivo, e na casa dele não havia uva. Onde vira então? Na primeira oportunidade, não se sofreu:
- Tio, o senhor já viu uva?
- Olha, aqui no Cedro não. Que história é essa?
- O livro da escola diz que “Ivo viu a uva”. É mentira, né?
O tio engasgou. Ele não tivera escola, mas se está no livro é certo. É outro Ivo. Com certeza é de outro Ivo que estão falando. Quem haveria de conhecê-lo? Ele, um colono.
Lúcio deixou por isso mesmo. A desconfiança no livro aumentava. Havia também uma tal de maçã. A professora ordenou à classe um desenho. Era lição de casa. Ele nunca vira maçã. Escutara na missa que era fruta de Adão e Eva. Imaginou-a vermelha. Uma bergamota vermelha foi o que desenhou. A professora reclamou que aquela maçã estava muito esquisita. Falta de capricho! Sem recreio por uma semana.
O menino cismou com aquela tal de maçã. Precisava ver uma. Pegá-la, cheirá-la, mordê-la. Escreveu seu desejo em uma plaquinha de madeira. Depositou-a ao pé do cedro. Não custava: se o povo dizia que dava certo...
O castigo passou, o ano findou, o tempo de escola esgotava-se. Não esquecia do pedido. A plaquinha ao pé da árvore já fora soterrada por outras tantas. “O povo é pouco; os desejos são muitos.” – pensava ele. Como poderiam querer tantas coisas? Ele só queria a maçã.
Em um domingo de veranico de maio, Lúcio foi às escondidas tomar banho de rio. A correnteza estava forte demais. Não teve coragem de entrar. Sentou-se em uma pedra. Se tivesse a força daquele rio para ir-se embora dali... Não queria mais ficar à margem de seu desejo. Procurava uma motivação forte. Precisava de algo que o inundasse de coragem. Foi quando se deu a coisa mais curiosa jamais vista: um saco vermelho boiando. E mais outro. E outro. E vários.
Lúcio jogou-se na correnteza. Pegou um dos sacos. Nadava com um braço só. Engoliu muita água. Debateu-se. Perdeu o pacote. Recuperou-o. Voltou à margem vitorioso e exausto.
Examinou o pacote. Era feito de linha, como saco de batatas. Linha vermelha. Dentro, concluiu que eram frutas. Vermelhas, lustrosas. Seriam maçãs? Puxou o fio vermelho que fechava o saco. Pegou um dos frutos. Só poderiam ser maçãs. Seria possível, meu Deus? Sentou-se no saco e contemplou a fruta. Maçã, finalmente. O cheiro doce. Era vermelha, com uns pontinhos esbranquiçados. Aqui e ali uma listra mais alaranjada. A cor mais linda que ele já vira. Cheirava e cheirava. Seria assim o cheiro da paixão? Queria mordê-la, mas sofreava o instinto. Precisava vê-la, ter certeza da posse. A casca lisa contrastava com a solidez. Não sabia se seus dentes seriam capazes. Parecia muito dura. Criou coragem. Mordeu-a. A resistência. O gosto meio doce, meio ácido. Tudo tão indefinido quanto sua própria vida. Deu mais uma mordida. Um suco doce acompanhou o pedaço da fruta dura. Se quisesse o doce, precisaria vencer a resistência. A cada mordida, o doce superava o ácido. Assim seria o doce do beijo? Assim seria amar? Doce e ácido? Finalmente, Lúcio tinha a sua maçã. A fruta que expulsa do paraíso. A maçã era seu amor.
Quando chegava à semente, seu pai aproximava-se a cavalo. De cima do animal, já gritou que eram pobres, mas dignos. O menino haveria de devolver o saco ao motorista do caminhão que tombou lá em cima, na curva do rio. Era um lageano, mas boa gente. O pobre homem estava desesperado pela perda da carga.
Lúcio não reagiu. O pai levou o saco. O sonho. Ele ficou ali, olhando para a semente. Foi o que lhe restou de tão grande paixão. “Para tão longo amor, tão curta vida.”
domingo, 11 de outubro de 2009
A outra
Ela não voltaria atrás. Um absurdo. Eles mereciam seu desprezo. Não, melhor: sua indiferença. Ensaiou na frente do espelho o movimento que faria com os ombros quando alguém lhe perguntasse por ele. Ou pela outra, a ex-amiga. Recolheu o choro. Despachou as coisas dele com o porteiro.
Ninguém tocava no assunto. No meio do expediente, fugia para o banheiro. Revisava seu movimento de ombros: nem tão para cima – canastrice -, nem tão para baixo – falta de ênfase. A faxineira, certa vez, flagrou-a no exercício. “É bom para as costas. Esse computador ainda me mata”.
Não foi convidada para a festa de batizado da filha do colega. Normal, mulheres avulsas são um perigo. Ainda mais ela, linda que era. Gostou de ser perigosíssima. No horário da festa, foi ao shopping e comprou um sapato salto 15 com estampa de tigre. Saiu da loja com ele. Uma felina.
Também não a convidaram para o casamento da filha do chefe da filial. Natural. Só iriam casais. A linda mulher avulsa comprometeria a harmonia, foi o que ela pensou. Comprou uma sandália de prata, amarrada no tornozelo. Vestido branco esvoaçante. Era uma deusa grega.
Sucederam-se aniversários, formaturas, noivados, bodas de prata. Espiava as fotos nos sites dos fotógrafos badalados. Ele e ela estavam lá. Sempre. Seu guarda-roupa acrescentava-se: botas, joias, decotes vertiginosos. Virou loira. Botou unhas de porcelana. Mega hair. Botox. Silicone. Lipoaspiração. Revista Cláudia. O velho segurança barrou-a na entrada da empresa:
- A moça me desculpe – gaguejou, olhos fixos no decote - aqui só entra funcionário autorizado.
- Troca os óculos, Seu Alfredo. Não me reconhece mais? –disse, deixando-o para trás, envolto em seu Paloma Picasso.
Pisava firme seu salto. Chegava cedo o suficiente para treinar, no espelho do banheiro, o movimento dos ombros.Todo dia. Ninguém perguntava. Ela ansiava por isso. Acrescentou um olhar blasé à pantomima. Igual ao dela na foto mais recente. Uma jogada de cabelo. Agora ela podia.
A pergunta não vinha.. O expediente terminava cedo demais. As idas aos shoppings se sucediam. Naquele dia, cartão de crédito no limite, olhava as vitrines. Alguém chamou o nome da outra, da sua ex-melhor amiga. Tremeu. Ela estava por perto. Grudou os olhos na vitrine. A voz insistia. Reconheceu a voz. Falta de ar na roupa apertada. As pernas mal se sustinham. Tontura. A voz, de novo, chamava “Amor”. Ela olhava para a vitrine. No reflexo do vidro, enxergou a outra diante de si. Os cabelos, a silhueta, o figurino. Tudo aquilo era a outra. Respirou fundo. Aquele não era o seu cheiro. Era o cheiro dela. Aquele trejeito também não era seu. O vazio no estômago, a maquiagem entupindo os poros. Tampouco isso não era seu. Ele aproximava-se. Viu, no reflexo, o momento em que ele levaria a mão ao seu ombro. Sentiu sua respiração na nuca. Esquivou-se. Ele pegou-a pela cintura. Ela teve uma vertigem. Ficaram frente a frente, abraçados. Ele avermelhou:
- Desculpa, pensei que fosse minha mulher, juro! Assim, de costas...
Ela empurrou-o. Disparou. Virou o pé. Ele gritou:
- Moça, desculpa,viu?
Ela estaqueou. Virou para trás. Certificou-se que ele a seguia. Lançou-lhe o olhar blasé. Deu-lhe as costas, atirando a cabeleira. Jogou os ombros para cima e para baixo. Seguiu. Jogou sua sandália de prata na primeira lixeira.
Ninguém tocava no assunto. No meio do expediente, fugia para o banheiro. Revisava seu movimento de ombros: nem tão para cima – canastrice -, nem tão para baixo – falta de ênfase. A faxineira, certa vez, flagrou-a no exercício. “É bom para as costas. Esse computador ainda me mata”.
Não foi convidada para a festa de batizado da filha do colega. Normal, mulheres avulsas são um perigo. Ainda mais ela, linda que era. Gostou de ser perigosíssima. No horário da festa, foi ao shopping e comprou um sapato salto 15 com estampa de tigre. Saiu da loja com ele. Uma felina.
Também não a convidaram para o casamento da filha do chefe da filial. Natural. Só iriam casais. A linda mulher avulsa comprometeria a harmonia, foi o que ela pensou. Comprou uma sandália de prata, amarrada no tornozelo. Vestido branco esvoaçante. Era uma deusa grega.
Sucederam-se aniversários, formaturas, noivados, bodas de prata. Espiava as fotos nos sites dos fotógrafos badalados. Ele e ela estavam lá. Sempre. Seu guarda-roupa acrescentava-se: botas, joias, decotes vertiginosos. Virou loira. Botou unhas de porcelana. Mega hair. Botox. Silicone. Lipoaspiração. Revista Cláudia. O velho segurança barrou-a na entrada da empresa:
- A moça me desculpe – gaguejou, olhos fixos no decote - aqui só entra funcionário autorizado.
- Troca os óculos, Seu Alfredo. Não me reconhece mais? –disse, deixando-o para trás, envolto em seu Paloma Picasso.
Pisava firme seu salto. Chegava cedo o suficiente para treinar, no espelho do banheiro, o movimento dos ombros.Todo dia. Ninguém perguntava. Ela ansiava por isso. Acrescentou um olhar blasé à pantomima. Igual ao dela na foto mais recente. Uma jogada de cabelo. Agora ela podia.
A pergunta não vinha.. O expediente terminava cedo demais. As idas aos shoppings se sucediam. Naquele dia, cartão de crédito no limite, olhava as vitrines. Alguém chamou o nome da outra, da sua ex-melhor amiga. Tremeu. Ela estava por perto. Grudou os olhos na vitrine. A voz insistia. Reconheceu a voz. Falta de ar na roupa apertada. As pernas mal se sustinham. Tontura. A voz, de novo, chamava “Amor”. Ela olhava para a vitrine. No reflexo do vidro, enxergou a outra diante de si. Os cabelos, a silhueta, o figurino. Tudo aquilo era a outra. Respirou fundo. Aquele não era o seu cheiro. Era o cheiro dela. Aquele trejeito também não era seu. O vazio no estômago, a maquiagem entupindo os poros. Tampouco isso não era seu. Ele aproximava-se. Viu, no reflexo, o momento em que ele levaria a mão ao seu ombro. Sentiu sua respiração na nuca. Esquivou-se. Ele pegou-a pela cintura. Ela teve uma vertigem. Ficaram frente a frente, abraçados. Ele avermelhou:
- Desculpa, pensei que fosse minha mulher, juro! Assim, de costas...
Ela empurrou-o. Disparou. Virou o pé. Ele gritou:
- Moça, desculpa,viu?
Ela estaqueou. Virou para trás. Certificou-se que ele a seguia. Lançou-lhe o olhar blasé. Deu-lhe as costas, atirando a cabeleira. Jogou os ombros para cima e para baixo. Seguiu. Jogou sua sandália de prata na primeira lixeira.
domingo, 4 de outubro de 2009
Poemeto só para a Vera
Nas nossas andanças do Ler é saber, depois de ler um texto lindo da Vera, fiz um poeminha despretensioso para ela. Para minha amiga Vera Winter, que de inverno não tem nada...
Poemeto só para a Vera
Lá vem minha amiga Vera
Seu sorriso primaveril
Vestido floreado, perfume de alfazema
Flor nas palavras, sapato azul anil
Só não gosto é daquele seu namorado
Meu primo, todo emproado,
Diz que ainda casa com ela
Vera vira minha prima:
Prima Vera.
Poemeto só para a Vera
Lá vem minha amiga Vera
Seu sorriso primaveril
Vestido floreado, perfume de alfazema
Flor nas palavras, sapato azul anil
Só não gosto é daquele seu namorado
Meu primo, todo emproado,
Diz que ainda casa com ela
Vera vira minha prima:
Prima Vera.
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